17 de julho de 2015

Minha História de Amor - Sâmela e Jônatas


Olá meninas! Fiquei muito surpresa quando fui convidada a escrever minha história de amor para vocês, tipo, eu? Sério? Hahahaha Quem me conhece, entende muito bem do que estou falando... Mas, é uma honra poder compartilhar o que Deus fez em minha vida e continua fazendo... Espero que vocês gostem, mas que principalmente Deus possa falar com vocês!
Eu nasci em um lar cristão, meus pais sempre me instruíram nos caminhos do Senhor, e entreguei minha vida pra Jesus logo com 7 anos. Sempre fui uma menina “diferente”, teimosa, sabia o que queria e também o que não queria! E uma das coisas que não queria NUNCA era me casar! Nunca tive aquele sonho de menina, de me casar, ter um namorado, uma família. E para todos que me cercavam, eu deixava isso bem claro. Meus pais e familiares achavam que “isso passaria” quando eu ficasse mais velha! O tempo foi passando, chegou os 13,14,15 e nada mudava, eu só tinha mais convicção ainda! Eu NUNCA vou me casar!
E foi aos 15 anos que Deus me chamou para ser uma missionária! Foi uma decisão importante para mim, mas não esperava que Deus precisasse fazer tantaaaaa mudança em mim! Hahahaha E Ele não demorou para começar! Adivinhe qual foi a primeira questão que Deus começou a trabalhar na minha vida? Exatamente relacionamentos! A questão não é o que eu queria, mas o que Deus queria na minha vida. Então o que eu fiz? “Arreguei”! Afinal, Paulo aconselha os solteiros no capítulo 7 de Romanos a permanecerem solteiros! Então um marido iria “atrapalhar” meu chamado, e eu não queria que ninguém e nada me atrapalhassem. Que cara de pau! Usando a Palavra de Deus para confrontar o próprio Deus! Mas, graças a Ele, que teve paciência e misericórdia comigo.
“Um homem sozinho pode ser vencido, mas dois conseguem defender-se. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade” Ec 4.12. Essa foi a resposta de Deus para mim! Então eu orei! E a minha oração foi assim: “Deus! Eu entendo o que o Senhor quer para mim, mas eu não quero, mas mesmo assim, se o Senhor ainda quiser, me manda um anjo com uma placa escrito: case com esse”. Hahahaha Até parece que foi uma oração de fé! Era mais para: eu sei que isso não vai acontecer, então não vou precisar casar!
Deus não desistiu de mim, e me fez começar do começo, o por que não quero casar? Deus, tem que ter algum motivo! Me ajuda! E Deus mais uma vez respondeu, haviam alguns traumas da minha infância que eu nem sabia e nem percebia que tinha. Mas Deus sabia, e queria que eu fosse curada. Esse processo durou um tempo, da aceitação da minha imagem, da entrega total das minhas decisões para Deus, do reconhecimento da minha identidade como filha de Deus. Deus me levou aos altos e baixos para que meu caráter fosse moldado, e todas as coisas cooperaram para o meu bem, não para o meu bem-estar, mas para que eu pudesse a cada dia ser mais parecida com Cristo.
Foi então que com 18 anos, em julho de 2012 eu embarquei para Santarém – PA para o Projeto IDE (Asas de Socorro). Uma viagem missionária para trabalhar com ribeirinhos. Era finalmente um sonho se tornando realidade. Cheguei em Santarém com uma amiga, sem conhecer mais ninguém, ficamos dois dias hospedados numa igreja recebendo treinamento para então ir para a comunidade ribeirinha. 
Eram muitos voluntários, e lembro que conheci gente de vários lados do Brasil, e então chegou o dia da grande viagem, viajaríamos 8h de barco pelo Rio Amazonas e Tapajós. Deitados em rede, um pouco no chão, olhando toda a criação de Deus, a partir daquele momento eu pensei: é aqui que Deus me quer! Sentei, peguei minha bíblia e um caderno e fui anotando as coisas que tinham acontecido no dia e o que Deus havia falado comigo.
Aí se aproximou um rapaz e perguntou se podia sentar do meu lado para conversar, eu fechei minhas coisas e começamos a conversar, no longo da conversa descobri que ele estava no 2º ano do seminário e queria ser missionário, logo se juntou um grupo à nossa conversa.  Falamos de tudo, da graça de Deus de ter nos permitido estar naquele lugar, das perspectivas de cada um e até de teologia.

Chegamos à comunidade, e as equipes já se dividiram, eu fui para a equipe do infantil. E toda a equipe era bem parceira, trabalhávamos juntos para poder descansar juntos no final do dia. E num desses descansos ficamos batendo papo com uma das coordenadoras do projeto até tarde da noite. E adivinha onde a conversa foi parar? Namoro! Cada um começou a compartilhar suas experiências e frustrações, e a coordenadora foi aconselhando. Quando a roda chegou na minha vez de falar, eu falei que não tinha nada para compartilhar, porque nunca tinha namorado nem ficado e estava muito feliz assim.
Aí ela me perguntou: “tá, mas com quem você sonha se casar?” Então, para variar um pouco, eu ri e disse que não sonhava e não queria me casar, depois de ouvir um sermão, ela falou: “Mas se você quisesse se casar, como você diria que ele teria que ser.” Eu não sabia responder, de verdade! Não sabia mesmo, mas como ela insistiu de mais e todos estavam me olhando eu brinquei cantando uma música: “moreno, alto, bonito e sensual” hahahaha crente, pastor ou missionário e que toque violão! Ela me olhou muito séria e disse: “Eu já sei! Vou arrumar um saco de batatas pra você.” Todos que já conheciam ela começaram a rir e eu fiquei “boiando”, não entendia nada. Antes de entrar no quarto eu chamei minha amiga e perguntei: Como assim, não entendi, do que eles estão falando?
Ela riu muito, e me contou que a coordenadora que era a Rute é conhecida por “juntar sapatos”, e que quando ela quer juntar alguém, ela coloca os dois para trabalharem juntos, e a primeira vez que ela fez isso e que saiu casamento, foi mandando os dois descascarem um saco de batatas. Aí fui eu que ri: “Ah comigo não! Eu não sou assim! Mas, de quem ela estava falando?” Ela disse: “Do Jônatas!” Eu perguntei, “mas que Jônatas?? Nem sei quem é!” Então ela fala “É o filho dela, aquele que você passou a viagem de barco conversando!” Sabe aquela hora que você começa a rir e não para mais? Pois é, foi nesse momento, eu lembro da frase que saiu da minha boca: “NUNCA! Aquele lá não!”
Passei o restante do projeto evitando o Jônatas, mas sabia que o famoso “saco de batatas” chegaria. E foi no último dia que a mãe dele nos colocou para limpar a dispensa. Eu fiquei muito brava. Tentei contestar com ela, explicando que não tinha nada contra o filho dela, mas que não era assim que as coisas funcionavam, e que eu não gostava dele.
Eu nem sei se ela lembra disso, mas ela virou para mim e disse que eu fui para o projeto para servir a Deus, e limpando a dispensa eu estaria servindo a Ele. Eu tive que ficar quieta e fui, como ovelha muda! Hahahaha Cheguei lá, ele já estava lá também, acho que foi uma das situações mais constrangedoras que já passei. Eu entrei na dispensa e disse para ele: desculpa, eu não queria estar aqui. E ele falou: eu também não, então vamos acabar rápido para sair daqui rápido. Sabe que gostei desse menino? Hahahaha Era isso mesmo que eu estava pensando!
Acabamos conversando bastante, mas depois que saímos dali, tentava evitar ele novamente. (Enquanto a mãe dele dizia de mim pra ele, e ele também se negava a querer alguma coisa e levava na brincadeira). Voltamos para a cidade, peguei uma virose. E todo o pessoal foi na sorveteria para se despedir enquanto eu estava no quarto. Mas minha amiga (Sofia) me chamou e pediu pra eu ir com eles só pra dar tchau (eu não sabia que ela tinha segundas intenções). Cheguei na sorveteria, sentei, e adivinha quem aparece? O Jônatas! Com um violão na minha frente, ele perguntou se conhecíamos uma música (que era de serenata), eu fiquei muito brava de novo e disse que não, levantei e sai. A Sofia foi atrás de mim e me xingou, dizendo que isso não era jeito de tratar as pessoas, que eu não precisava ter respondido daquele jeito, porque o Jônatas não tinha culpa do que aconteceu. Eu voltei sentei do lado dele e tentei fazer uma cara amigável.
Depois de pouco tempo começamos a nos despedirmos. Era povo se abraçando de tudo que era lado, todos entraram no ônibus e o Jônatas no carro que estava na frente, depois que ele entrou, ele abriu a porta e saiu. Não sei porque motivo, eu só senti um frio na barriga e pensei: não vem para cá, não vem para cá. E ele veio! Hahahaha Quando olhei para o lado para pedir pra Sofia não me deixar sozinha, ela já havia sumido. Ele me pediu o número do celular para manter contato. Por Deus, eu tinha vontade de mandar ele catar coquinho, mas tinha pessoas me olhando, então eu pensei, calma, passa o número e ignora.
E foi o que fiz, e o “bonito” ainda antes de sair me diz: Só não chora tá? Hahaha Ele só pode estar de brincadeira! E se acha ainda! Gente, eu não sei explicar, quando o ônibus virou a esquina eu comecei a chorar! Hahahaha Fiquei com raiva dele, de mim mesma que estava chorando, mas logo passou, e eu esqueci que ele existia. Começamos a organizar a bagunça do local porque nosso voo era só alguns dias depois. Minutos depois recebi um SMS de uma das meninas que estava conosco (pelo menos era o que eu pensava), eu li em voz alta pra Sofia: “gostei muito de te conhecer, se Deus quiser nos vemos em breve.” Eu fiquei muito feliz e respondi: “também gostei muito de te conhecer, espero que Deus queira, porque eu já estou com saudades.” Logo depois recebi um outro SMS, e adivinhem quem eu estava respondendo? Exatamente! O Jônatas! Eu achei que o número era de uma menina com o mesmo DDD.. Eu fiquei louca! O que eu fiz?!?! Na verdade eu não tinha feito nada, Deus estava fazendo tudo!
A tentativa de explicação virou várias e várias conversas, logo nos dias seguintes ele pediu se podíamos orar um pelo outro, porque ele tinha convicção de que eu seria a esposa dele. Depois de “rachar o bico” rindo eu pedi desculpas a ele, mas que se Deus tinha dado essa convicção para ele, teria que dar para mim também, e eu tinha visto ele uma vez na vida, que isso jovem?  E eu não sentia nada por ele. Ele falou que não havia pedido nada para mim, apenas oração, e eu...
Ficou curiosa o que a Sâmela respondeu para ele? Nós amamos essa história e se fossemos você, na próxima sexta ficaria ligadinha para saber o restante dessa história tão legal!
Sâmela Jung Dauaidar
Três de Maio / RS

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